Preferência ou opção sexual?
O ser humano tem uma dificuldade incrível para aceitar que é um animal. Especial em vários sentidos, é verdade, mas animal ainda assim. Gostamos de documentários sobre a biologia de macacos e leões, mas custamos a aceitar que a natureza possa ter uma influência às vezes determinante sobre nosso comportamento também. Até acreditamos que nossa cor dos cabelos, dos olhos e da pele seja determinada biologicamente. Mas, quando se trata de comportamentos complexos, como a sexualidade, a coisa muda. Quando surgiram, nos anos 80, as primeiras indicações de que a atração que sentimos por um ou por outro sexo é determinada biologicamente, houve manifestações de grupos de homossexuais contra e a favor. Alguns grupos acolheram as descobertas como prova de que homossexualidade não é doença nem opção, e sim biologia inevitável. Outros, ao contrário, sentiram-se lesados em seu direito de serem homossexuais por opção. Mas não deveriam. A preferência sexual, aquela atração física que se sente por um sexo ou pelo outro, é determinada biologicamente e logo no começo da vida, ainda no útero. Genes e fatores hormonais influenciam a formação das regiões cerebrais envolvidas, que demonstrarão sua preferência mais tarde, ao amadurecer na adolescência e ao responder com excitação aos feromônios de um ou de outro sexo -às vezes do mesmo sexo, muitas vezes do outro. Ao contrário, não há nenhuma evidência de que o ambiente social influencie a preferência sexual humana. Cerca de 10% dos homens e das mulheres são atraídos por parceiros do mesmo sexo, e o número não muda entre pessoas criadas por pai e mãe, dois pais, duas mães, com religião ou sem ela. Claro, o que cada um faz com a sua preferência sexual é outra coisa, esta sim uma questão de opção, que, lamentavelmente, deve levar em conta todas as dificuldades sociais e psicológicas que a discriminação traz. A natureza não reina sozinha, e, de fato, é possível optar socialmente por demonstrar um comportamento heterossexual, contra a preferência biológica ou a favor dela. Mas, e ainda bem, o cérebro é capaz de fazer melhor do que isso. Se 100% da população têm preferência sexual inata e biologicamente determinada, somos todos iguais nesse quesito, mesmo que na maioria o cérebro responda a feromônios do sexo oposto. Deveria ser simples, então, optar por aceitar essa preferência biológica, nossa ou dos outros, qualquer que ela seja. Uma grande opção. Por Suzana Herculano-Houzel.Link desta matéria no site:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0308200608.htm
O termo "opção sexual" está incorreto!
Ninguém opta por ser homossexual ou heterossexual.
Por acaso você optaria se pudesse, em ser gay e, com isso ser discriminado constantemente?
Certamante que não.
Então, utilize apenas o termo
"ORIENTAÇÃO SEXUAL"!!!
O ser humano tem uma dificuldade incrível para aceitar que é um animal. Especial em vários sentidos, é verdade, mas animal ainda assim. Gostamos de documentários sobre a biologia de macacos e leões, mas custamos a aceitar que a natureza possa ter uma influência às vezes determinante sobre nosso comportamento também. Até acreditamos que nossa cor dos cabelos, dos olhos e da pele seja determinada biologicamente. Mas, quando se trata de comportamentos complexos, como a sexualidade, a coisa muda. Quando surgiram, nos anos 80, as primeiras indicações de que a atração que sentimos por um ou por outro sexo é determinada biologicamente, houve manifestações de grupos de homossexuais contra e a favor. Alguns grupos acolheram as descobertas como prova de que homossexualidade não é doença nem opção, e sim biologia inevitável. Outros, ao contrário, sentiram-se lesados em seu direito de serem homossexuais por opção. Mas não deveriam. A preferência sexual, aquela atração física que se sente por um sexo ou pelo outro, é determinada biologicamente e logo no começo da vida, ainda no útero. Genes e fatores hormonais influenciam a formação das regiões cerebrais envolvidas, que demonstrarão sua preferência mais tarde, ao amadurecer na adolescência e ao responder com excitação aos feromônios de um ou de outro sexo -às vezes do mesmo sexo, muitas vezes do outro. Ao contrário, não há nenhuma evidência de que o ambiente social influencie a preferência sexual humana. Cerca de 10% dos homens e das mulheres são atraídos por parceiros do mesmo sexo, e o número não muda entre pessoas criadas por pai e mãe, dois pais, duas mães, com religião ou sem ela. Claro, o que cada um faz com a sua preferência sexual é outra coisa, esta sim uma questão de opção, que, lamentavelmente, deve levar em conta todas as dificuldades sociais e psicológicas que a discriminação traz. A natureza não reina sozinha, e, de fato, é possível optar socialmente por demonstrar um comportamento heterossexual, contra a preferência biológica ou a favor dela. Mas, e ainda bem, o cérebro é capaz de fazer melhor do que isso. Se 100% da população têm preferência sexual inata e biologicamente determinada, somos todos iguais nesse quesito, mesmo que na maioria o cérebro responda a feromônios do sexo oposto. Deveria ser simples, então, optar por aceitar essa preferência biológica, nossa ou dos outros, qualquer que ela seja. Uma grande opção. Por Suzana Herculano-Houzel.Link desta matéria no site:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/eq0308200608.htm
O termo "opção sexual" está incorreto!
Ninguém opta por ser homossexual ou heterossexual.
Por acaso você optaria se pudesse, em ser gay e, com isso ser discriminado constantemente?
Certamante que não.
Então, utilize apenas o termo
"ORIENTAÇÃO SEXUAL"!!!